Conheça o PET Saude - CES/UFCG
O PET-Saúde foi criado em 2008 como ferramenta indutora de mudanças nos cursos e na formação e nas práticas futuras na saúde. O PET objetiva de forma ampla promover e qualificar a integração ensino-serviço-comunidade de modo a integrar docentes, estudantes de graduação e profissionais de saúde para o desenvolvimento de atividades na rede de serviços de saúde. Com duração bienal cada edição é pensada em temas concernentes as demandas do Sistema único de Saúde e da formação, com a mudanças das Diretrizes Curriculares para formação em Saúde publicada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) em 2018 surgiu a proposta do PET-Saúde/Interprofissionalidade, com intuito fazer parte do conjunto de ações do Plano para a Implementação da Educação Interprofissional (EIP) no Brasil, conforme defendido e apoiado pela Organização Pan Americana da Saúde (OPAS / OMS) desde o ano de 2016.
A publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) não garante as mudanças dentro dos cursos de graduação nas Instituições de Ensino Superior (IES). Cada conselho de classe a partir das DCN´s publicam resoluções que atendam as especificidades das classes. Todo esforço que garantam as mudanças dentro do curso vem para lidar com a antiga questão de que as estruturas curriculares e os cursos de graduação muitas vezes podem estar distantes das práticas profissionais que atendam coerentemente as reais demandas do SUS e da população. Propostas indutoras como o PET auxiliam aos cursos da saúde e preparar as próprias instituições de formação no que concerne regimentos e regulamentações, prepara os recursos humanos e até as estruturas de aprendizagem.
O PET -Saúde com tema Interprofissionalidade traz como premissas aspectos que dentro do SUS tem haver com mudanças da formação para atuar na área da saúde de forma integrada, em que as diferentes áreas dialogam e constroem intervenções e conhecimento conjunto. Isso sem anular ou diminuir as competências específicas e comuns, o projeto volta-se ao que pode ser feito de forma colaborativa fazendo melhor interface a complexidade das demandas de saúde da população e a estrutura de organização do sistema de saúde vigente.
As competências colaborativas, no geral, seriam responsáveis pela constituição de profissionais aptos a solucionar os problemas corriqueiros dentro da rede de atenção à saúde e assim, contribuiriam para a efetividade da assistência prestada. Essa discussão utiliza conteúdo e conceitos baseados em experiências de outros países que detém sistemas de saúde com semelhanças e distinções também. Contudo, a história do SUS os conceitos e as experiências com nossa Atenção Primária, bem como, com a estrutura organizacional e hierárquica, podem trazer novas contribuições a essa ideia do trabalho colaborativo tornando um conceito que atenda a nossas especificidades e tipo de trabalho para/no SUS.
Partindo dessas colocações, o projeto proposto originalmente pela Universidade Federal de Campina Grande, campus Cuité, pauta a experiência do projeto como elemento de produção de mudança e propositura para sensibilização para a importância de experiências e, principalmente, para reestruturação dos cursos de saúde frente as demandas do Sistema Único de Saúde (SUS), do trabalho multiprofissional, da gestão coletiva e dos conceitos da educação interprofissional. Principalmente porque nossa realidade é toda direcionada a Atenção Primária à Saúde, espaço este, favorável a uma aprendizagem colaborativa condizente com o SUS. Ao pensarmos a aprendizagem enquanto capacidade de apreender conhecimentos, habilidades e atitudes, conseguimos perceber que os objetivos amplos propostos inicialmente no projeto, não explicitava foco da aprendizagem para uma formação interprofissional em saúde, em relação ao não especificar isso com ações já pré-definidas com objetivos também preestabelecidos. No entanto, na prática vivenciada, dando autonomia e também dialogando sobre as necessidades dos serviços, trabalhadores e estudantes envolvidos, acabaram-se alcançando objetivos “implicitamente” nas ações executadas coletivamente.
Cada projeto PET Saúde Interprofissionalidade tem objetivos adequados aos seus contextos. Todavia de forma ampla todos pautam :
A) Adequação dos cursos de graduação às Diretrizes Curriculares Nacionais, com ênfase na interprofissionalidade;
B) Promoção da integração ensino-serviço-comunidade com foco no desenvolvimento do SUS a partir de elementos teóricos e metodológicos da EIP, com vistas a implementar os princípios previstos nos projetos políticos pedagógicos dos cursos de graduação, e ;
C) Desenvolvimento da docência e da preceptoria na saúde, para utilização dos fundamentos teóricos-conceituais e metodológicos da EIP, com vistas ao fortalecimento da formação, alinhada às necessidades do SUS. Promover a formação de docentes e preceptores para a conformação do ensino às necessidades do SUS, a mudanças das metodologias de ensino aprendizagem, diversificação dos cenários de prática, educação e trabalho interprofissional e trabalho em rede.
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